Reprodução




As leveduras pertencem ao Reino Fungi, junto com outros fungos, como os cogumelos, bolores, mofo e até as micoses de pele.

Como forma de reprodução, as leveduras podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada. A reprodução sexuada se faz pela formação de ascósporos, ou seja, esporos contidos em uma espécie de saco.
Ascósporo de Saccharomyces cerevisiae

reprodução assexuada envolve dois processos interessantes: a mitose e a meiose. A mitose ocorre quando há bastante alimento disponível. A célula diploide duplica seus dois jogos de cromossomos e faz a célula ficar temporariamente com quatro jogos de cromossomos, isso faz com que cresça um broto.


O broto contém um jogo duplo de cromossomos e ainda cresce como uma célula independente presa à célula mãe e eventualmente separa-se deixando uma cicatriz onde os brotos aconteceram. Uma célula que não tem mais nenhuma área sem cicatrizes por onde possa ocorrer o brotamento eventualmente morre. Os brotos podem acontecer continuamente contanto que haja alimento disponível.

meiose ocorre em condições de fome, fazendo com que a célula diploide se divida em duas. Começa com a duplicação do cromossomo, formando uma célula quadriploide temporária. Os dois jogos de cromossomos migram a extremidades opostas da célula e dividem-se novamente, resultando em quatro células haploides minúsculas, cada uma com um único jogo de cromossomos. Os haploides, com gêneros distintos " a " e " alfa", desenvolvem-se dentro da célula mãe, cercadas por uma camada espessa de açúcar. 

Neste estado eles podem suportar a falta de alimento. Assim que o alimento torna-se disponível, as células separam-se da célula mãe como haploides individuais: os esporos. 
Estes podem reproduzir-se mitoticamente ou sexualmente por fusão. A divisão mitótica neste momento resulta só em mais haploides. Uma fase extraordinária de reprodução da célula de levedura envolve a fusão de duas células haploides. Quando um célula (alfa)-sexuada está pronta para a reprodução, emite um sinal hormonal. Uma célula (a)-sexuada que esteja perto responde imediatamente, transformando-se num elemento pegajoso no formato de uma pêra e secretando um hormônio diferente. Este hormônio faz com que a célula (alfa) também fique pegajosa e na foma de uma pêra. As duas células se aproximam, fundindo-se. Seus núcleos fundem-se e resultam em uma célula diploide. A partir daí, continua o ciclo haploide-diploide. 

Na produção de cerveja, durante a fermentação, observa-se que quanto mais rápido acontece a reprodução, mais ésteres são liberados, adicionando sabores e aromas na cerveja.


Concluindo:
A ação das leveduras dependem do meio onde estão. Quando o meio é favorável elas metabolizam ativamente e se reproduzem consumindo os nutrientes do meio. Quando o meio é desfavorável, elas reduzem o metabolismo, algumas morrem e outras se reproduzem sexuadamente e geram esporos resistentes.
Todo processo de atividade está relacionado a alguns parâmetros: dosagem, densidade do mosto, temperatura de fermentação e variedade da levedura. Cada Kveik atua de forma diferente produzindo suas características típicas. 
Quanto mais rápido e por maior tempo reprodutivo, mais ésteres serão liberados evidenciando os aromas e sabores da levedura. Essas características podem ser otimizadas ou mascaradas com a adição de lúpulos e composição dos maltes, além das possíveis biotransformações que podem ocorrer.
De uma forma geral, devemos estabelecer o que queremos da nossa cerveja e definir um padrão de ação: Alta ou baixa densidade, alta ou baixa temperatura, alta ou baixa dosagem. 
 Perfil limpo
 Expressão da levedura
 Temperatura baixa 
Maior dosagem
OG baixa ou média
 Temperatura alta
Menor dosagem
OG alta
Considerando a temperatura:
Temperatura baixa: Dependendo da levedura pode ser de 16 a 25ºC
Temperatura alta: >30ºC
Considerando a dosagem:
Baixa: 1 a 3g/20 litros
Alta: = ou > 10g/20 litros
OG (gravidade original)
Baixa: < 1040
Média: 1040 a 1060
Alta: >1060

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